Ontem decidi que vou parar de me martirizar. Como a bebida ou drogas, chorar não vai mudar a situação. Demorei um pouco pra perceber... mas antes tarde do que nunca. Decidi também que vou viver só pra mim. Vou deixar de desejar que as pessoas me queiram bem. Já cansei de correr tanto atrás e dar de cara com a porta. Eu sempre pensei que se não lembram de você é porque você não foi suficientemente importante para marcar alguém, de alguma forma. Não quero me fazer ser lembrada. Quero que seja espontâneo. E o pior, era que eu menosprezava quem realmente se lembra de mim, quem gosta de mim. Por mais que sejam poucos, realmente muito poucos. E agora eu vou aprender a dar valor a eles. Antes eu achava isso um pouco exagerado, mas agora eu entendo, porque vivo isso, mas só há duas razões pra eu continuar a viver. Meu Tokio Hotel, que, sinceramente, não estou dando a mínima se não entendem, se não ligam, se acham infantilidade, que é algo passageiro, exagerado, "coisa da adolescência" e o caralho a quatro, mas eles, só eles, conseguiam me fazer sentir melhor quando eu estava jogada no quarto sem dormir, sem comer, e com os olhos inchados de tanto chorar. Pra quem não sabe o que é sentir isso pode parecer idiota; eles são só uma banda! Só fazem música, ganham seu dinheiro e não sabem que eu existo. Eu não ligo. Eu sinto uma conexão estranha entre eles e seus fãs. Consigo sentir algo mais confortante que qualquer consolo. Eles me fazem melhor que qualquer falso amigo que já tive nessa vida fodida que eu tenho. Eles e só eles. E também vou parar de esperar as coisas acontecerem. Vou me mexer, trabalhar, pois se nada for feito, nunca vai acontecer. Sinto uma carga muito forte de esperanças dentro de mim, e não quero que isso se acabe. Esse ano não vai passar despercebido, porque eu não vou deixar. Eu não vou deixar.
